Entre residências e estabelecimentos comerciais que geram a própria energia com placas solares, mais de 4,4 mil unidades consumidoras foram instaladas no Ceará no último ano. No mesmo período, média brasileira cresceu 134%.
O segmento de geração distribuída fotovoltaica mais do que dobrou no Ceará nos últimos 12 meses, registrando um crescimento significativamente acima da média nacional. O número de residências e estabelecimentos comerciais que geram sua própria energia por meio de placas solares aumentou 172% no estado, enquanto no País o avanço foi de 136% no mesmo período. No Ceará, as residências respondem por 70% das unidades consumidoras, o equivalente a 7.867 unidades, e o comércio por 21%, com 2.365. O restante está dividido entre consumidores rurais, industriais e pelo setor público.
Segundo dados da Agencia Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, o Ceará tem 11.162 unidades consumidores com geração distribuída fotovoltaica, com uma potência total de 135,4 megawatts (MW).
Ao todo, 178 municípios cearenses contam com sistemas de geração distribuída. Hoje, o Ceará é o 10º estado brasileiro com o maior número de unidades consumidoras e o segundo do Nordeste, atrás apenas da Bahia, que conta com 14.776 unidades.
Para Jonas Becker, coordenador da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica – ABSOLAR no Ceará, o desenvolvimento do setor no Estado, que supera a média nacional, se deve sobretudo ao bom ambiente de negócios, às altas tarifas de energia elétrica, e aos índices de radiação solar, que favorece a viabilidade dos projetos. Nos últimos 12 meses, 28 municípios cearenses receberam seus primeiros sistemas solares de geração distribuída, sendo 18 apenas neste ano.
“Nós temos uma boa governança entre as associações de classe, entre as empresas e o governo e tudo isso converge para o bem do setor. Além disso, há o valor da tarifa de energia do Ceará, que é uma das maiores do Nordeste, tornando a energia solar mais atrativa”, diz Becker. “Já a nossa constância de sol tem um potencial maior do que em outras regiões. Então, uma usina no Ceará precisa de um investimento menor em quantidade de módulos do que em outras regiões para atender a uma mesma demanda de energia, o que pesa na viabilidade técnica dos projetos
Fonte: bruno.cabral@svm.com.br - Escrito por Bruno Cabral - 05/11/2020
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